Conversa entre amigos...


Mande-nos o seu conto, teremos o maior prazer em publicá-lo em nossa coluna "O leitor delira"


Como o título diz, toda semana teremos um conto para seu deleite.


segunda-feira, março 07, 2011

Naquela pedra lisa, a beira do mar azul, eu a vi...
O vento embaraçando seus cabelos sedosos, um sorriso pairando nos seus lábios.
Nada naquela mulher dizia que ela estava morta por dentro.
Nada em seu breve sorriso dizia que ela estava chorando por dentro.
Morta em vida, era assim que ela se sentia...
Um amor perdido, a dor no peito, as horas se arrastando, e ela tentando se despedir do mundo...
Ela não imaginava a vida sem seu grande amor, aquele ser que a abandonara dias atras.
Era uma covarde- pensava. Não tinha coragem de se jogar...
Lembrou da última noite com ela, dos seus beijos quentes, da pele morna, na banheira, a espuma , as risadas, e depois o sorriso morrendo, o rosto contorcido de prazer...
Lembrou das juras,das palavras morrendo em seus lábios, da vontade de dizer mais uma vez o quanto a amava. Tentou tudo que pode, implorou, mas só a deixou mais irritada e como já não havia amor da  parte, dela... desistiu... Naquela manhã ela foi andando até aquele recanto da praia com um único objetivo, se livrar da dor no peito, se livrar do sofrimento, se livrar pra sempre.
Eu me encantei por ela, por sua pele clara, que a luz do sol matinal deixava quase transparente...
Sentei-me ao seu lado e ouvi toda sua história... Contei pra ela coisas minhas, e ela ouviu quase sem acreditar, tinhamos tantas coisas em comum... Saímos dalí, pra um café embaixo de um sombreiro...
Semanas depois sentamos na mesma pedra, onde um dia eu quase a perdi, antes de tê-la.
Nossos lábios grudados, nossas mãos se tocando, uma urgencia louca, nos amamos ali, naquele lugar...
Eu queria que ficasse gravado no tempo e no espaço, que ali não era o lugar onde ela quase morrera, era um lugar onde tinha amor. Onde por acaso eu a vi, e a livrei do mal que lhe fora causado. Trazendo brilho e vida pra ela e pra mim. Sentia seu corpo no meu, um calor que vinha pra selar nossas vidas... Seu hálito na minha orelha, juras de amor em tom baixo... Uma longa vida nos aguardava... Uma vida que dentro dela estava germinando...

sábado, janeiro 29, 2011

Sagrado!

Então tá combinado é quase nada, é tudo somente sexo é amizade...
Com esse refrão na mente, eu convidei você pra sair comigo.
No quarto do hotel, na maciez da cama quente, senti seu corpo colado ao meu...
Palavras não eram necessárias, suas mãos em meu corpo falavam por si só...
Meus seios eram brinquedos  na sua boca... Sentada no seu colo sentindo sua boca em meu pescoço, seus dedos indo e vindo, penetrando na carne molhada e em chamas, eu cheguei ao ápice do desejo! Meu pescoço ainda tem as marcas da sua paixão, meus seios ainda sentem o seu ímpeto ao amar...
E você então? Perdida no espaço do seu corpo solto na cama, me deixei levar por seus gemidos, te suguei ao máximo, explorei teus cantos secretos... Fiz do seu corpo um altar, eu  endeusei, adorei, idolatrei,  mas eu mesma o profanei... Com minhas idas e vindas, dos meus dedos, minha língua...
Tirei tudo de você, te sequei com a boca, numa fúria louca e incontida...
Te marquei fundo, a ferro e fogo...
Amantes, errantes, delirantes... 
Mas acima de tudo... Amigas.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Um pouco de você em mim, me provoca arrepios.
Você representa a paz e ao mesmo tempo a tempestade.
Encostada em você o mundo gira à uma velocidade surpreendente.
Minhas pernas enroscadas nas suas, meus seios comprimindo os seus...
Minhas mãos se aventurando por seus caminhos escuros e secretos...
Meus dedos te tocando forte, te invadindo inteira, te levando à loucura.
Te imploro um toque e me permito te tocar.
Na noite escura e fria, nossos corpos ardem de desejo e febre.
Sinto que tu me invade e meu corpo arde, meu sexo molha...
Me abro e me fecho, me solto e te prendo dentro de mim.
Nada tenho pra te pedir, nem tão pouco você pra me cobrar.
Na noite sem fim, o som que ouvimos são nossos gemidos,
entremeados pelas batidas fortes dos nossos corações. 
E no final, o que vale? O que fica?
Tensão, desejo, pele, fogo, ardor, amor, sede, febre...
Fica a vontade de mais e mais, de sempre querer mais.

sábado, janeiro 15, 2011

Os minutos se arrastavam, o vôo atrasou... 
Mas finalmente desci e com passos rápidos cheguei ao meu destino.Ela já me esperava, um sorriso límpido no rosto lavado.
Nosso abraço durou horas, uma eternidade, não tinhamos tempo pra esperar...
No banheiro, entre bolsas e malas nos acomodamos e o beijo foi longo e terno...
Amantes... Amadas... Escondidas naquele cubículo pra dar vazão ao sentimento mais lindo que existe no mundo: Amor!!!!
Mas é assim que os que amam o proíbido vivem...
Escondendo seus desejos, seus sonhos...
E na hora do reencontro era isso que nos aguardava, um banheiro de aeroporto, porque não tinha como evitar o tesão no reencontro, não dava pra esperar... No seu colo eu me encontrei e me perdi, sua boca quente e macia  me lambia o pescoço, a orelha... Minha boca procurava a dela, minha lingua penetrava fundo, confundindo nossos mundos, juntando nossos corpos...
Suas mãos macias e ansiosas entravam por dentro da minha roupa, parecia que tinha mais de duas, tamanho desespero; me tocava em todas as partes, meus seios pequenos, meu sexo molhado... Senti seus dedos me penetrarem, e tentei ficar em silêncio, mas um gemido de prazer escapou dos meus lábios inchados de tanto beijar aquela mulher sedenta, tentei cadenciar os movimentos de entra e saí... Sentia seus olhos em mim, mesmo estando com os meus fechados, ela penetrava com força, eu gemia mais... 
Minhas mãos percorriam suas costas sentindo a maciez da pele quente, o contorno do seio provocante...Enquanto sentia seu corpo corresponder as minhas carícias, eu ia me perdendo mais e mais, querendo mais e mais, não só seus dedos em mim, mas eu ali naquele momento desejava sua lingua me penetrando, desejava o contato com o seu corpo nú... Mas isso não seria possível naquele momento mágico...
Então sentindo o mundo parar, o orgasmo veio pra mim, intenso... E de uma maneira avassaladora, eu me rendi ao seu amor...